terça-feira, 7 de agosto de 2012

Num comodo perdido
sem portas e janelas n'algum lugar duma mansão
não há luz , nem som
Um lugar envelhecido 

Não havia local para poeira entrar
e tudo que havia permanecia lá
nada entra nada se esvai
uma miniatura doentia do mundo

Nos moveis de madeira ressecados
jaziam o unico sinal dos anos passados
que não seriam percebidos
vendo os ladrilhos luzidos

Surpreendente há de se clamar
ainda havia vida lá
por anos a fio existindo
Atraves dum canibalismo doentio

Insentos se revezavam,comiam os velhos e procriavam
uma ou duas familhas de ratos
Sobreviviam do incesto e de seus velhos
Tudo passava fome 

a infiltrações de água
molhavam as paredes e saciavam a sede
umidecia o ar ,conjurando um calor bolorento
Como uma ferida infecionada crescia assim a vida

Na banheira cujo ralo levava a lugar nenhum
Existia um pequeno lago estatico
onde morte e vida se encaravam
para garantir o equilibrio

Revezando o sofrimento
Comer,beber,morrer
o istinto já não clamava refeição
Em todos os dias da prisão

ASSim como o tempo de gestação
diminuido por pura adaptação
nasciam sem patas e carapaças
Só precisavam de fome e bocas

A vida no quarto maldito continuava
Quantos anos mais levava
para que todas aquelas tripas
se tornassem uma unica Vida?

Algo sem mente
somente sistemas de digestão
ora hibernava ora acordava
para perpetuar a sua raça

Devorando a si mesmo na escuridão
concebendo apendices doentios
cuja unica finalidade é a nutrição
Quanto demoraria, para tal criatura, se alimentar da solidão



Tirada do site Trono Negro

quinta-feira, 2 de agosto de 2012


 A  CHÁCARA  DA MALDIÇÃO

 Eu e meus amigos de infância estávamos de ferias do trabalho, e resolvemos viajar.
 Marcamos em um barzinho perto de casa para combinarmos de alugar uma chacara em Minas Gerais, numa cidadizinha que se chamava Ourinhos. Três dias se passaram... e entramos no onibus de viagem.
 Algumas horas depois chegamos na chácara Ourinhos,la era um lugar muito bonito maravilhoso, como ficamos muito cansados da viagem resolvemos descansar um pouco. no dia sequinte as 6:00 da manhã,acordamos com o canto do galo e fomos tomar banho e em seguida tomamos cafe da manhã,como estava um sol tao gostoso,resolvemos passear a cavalo pra conhecer melhor a chacara..
Eu,Luciy,Rebeca e Luiz, estavamos andando a cavalo, tudo corria bem, quando Rebeca cai do cavalo, rapidamente corremos para ajuda-la e a levamos para um hospital.
 Ficamos apreensivos com o acontecimento, mas felizmente tudo ocorreu bem, foi apenas uma contursão. Logo mais a noite, iria acontecer um luau perto do Riacho Campo Belo, em um vilarejo perto dali. Estávamos todos nos divertindo, cantando, quando demos por falta do Luiz . O celular da Rebeca toca:
- Alô? Quem é?!
- Sou eu o Luiz, estou passando mal!
- Onde você esta?
- Estou em um bar, um pouco distante dai, perto de um casarão abandonado!
 Rebeca sai para ir em busca de Luiz. Chegando lá, estava passando muito mal, nem aguentava ficar de pé. Os dois foram para a chacara e ligam para a Luciy falando o que havia acontecido e pedem para que todos voltem para a chacara. Entao todos nos encontramos na chacara novamente e fomos dormir.
No dia seguinte, acordei irritada e fui logo falando:
- Poxa fizemos de tudo para passar as nossas ferias em paz, mas não, o Luiz tinha que dar uma mancada dessa!!
Luiz se chatea com o que digo e diz que vai embora!
- Não! - diz Luciy - Faz tanto tempo que não nos vemos e você vai embora deste jeito!
- Tá bom então, fico pela nossa amizade!
Era 13:30 da tarde e resolvemos ir ao centro da cidade, para ver a feirinha cultural, e depois fomos fazer as compras no mercadão da cidade! Notamos que o povo daquela cidade falava muito de uma lenda, em que um homem foi enterrado vivo em um cemitério da cidade, por ter violentado muitas crianças daquela cidade. Falavam que ele voltava pra poder  matar todos aqueles que fizeram o mal pra ele, ai daquele que atravessasse seu caminho,  porque seu odio iria se tornar cada vez  mais forte!
- Eu não acredito nisso, isto é só lenda urbana, que o povo inventa! -  diz Rebeca.
Retornamos para a chacara, logo a noite chega, não tinha nada pra  fazer:
- Tive uma grande ideia, vamos assistir um filme de terror? - diz Luiz
- É uma boa! Eu adoro um filme de terror! - Diz Luciy
- Será que esta historia é verdade mesmo?! Que tal a gente tirar isto a limpo?! - digo
- Não Aline, você esta louca! - diz Rebeca
Desencanamos da ideia e fomos dormir. Só que eu fiquei encucada com isso e chamei a Luciy para ir comigo tirar a limpo esta historia!
- Luciy vamos comigo naquele cemiterio?
- Não Aline, você ta doida!
- Ta bom então, ja que você não vai comigo eu vou sozinha!
- Ta, eu vou com você!
 E fomos na calada da noite. Era meia noite, quando estavamos chegando no cemiterio!
- Este cemitério me da arrepios! - diz Luciy
Olhamos o tumulo dele e realmente ele existia! Estava escrito em sua lápide:
" AQUI JAZ MAXIMINIANO DANCELF"
Escutamos um barulho e resolvemos ir embora. No caminho encontramos uma garotinha pedindo socorro:
- Me ajuda, me ajuda!! Eu to perdida, me leva pra casa!?
- Quem te deixou aqui?
- Meu papai! O Maximiniano!
- O que? - Gritei.
- Mas ele não ta morto!? - diz Luciy em voz tremula.
- Não! Ele mora comigo, mas acho que minha casa é pra la!
Resolvemos ajuda -la! Fomos floresta a dentro em busca da casa dela! Estávamos a caminho da casa, quando aquela garotinha diz ve seu pai:
- Olha lá, meu pai! Ele ta com cara de bravo!
- Onde, onde?! - quando sentimos uma força muito forte, pela nossas costas, que nos faz cair! 
- Vamos embora deste lugar, tem algo estranho aqui! - digo com muito medo. De repente, ele começa a puxar a Luciy:
- Me ajuda Aline! Socorro! - começo a ficar desesperada e saio em busca de ajuda!
 Chegando na chácara, dei por falta do povo, que havia saído para nos procurar:
- Gente! Cadê vocês? Socorro! - mas percebo que não havia ninguém em casa! Então volto desesperada para floresta. Enquanto isso... 
- Onde será que essas meninas se meteram? - diz Luiz 
- Sei lá! - exclama Rebeca
- Ué, mas a gente já não passou por aqui?
- Ai caramba! Era só o que nos faltava! - diz Rebeca
De repente, escutei um grito da floresta:
- AAAAAAAHH!!! 
- Luicy! - grito. Até que saio correndo pela floresta e encontro Rebeca e Luiz:
- Até que fim! Onde vocês estavam? Cadê a Luciy? - diz Rebeca. Explico tudo o que havia acontecido e digo para irmos embora daquele lugar! Então fomos para chácara correndo.
Quando chegamos la, tudo estava revirado:
- Ai meu Deus!! Quem sera que fez isto com nossas coisas? - digo. Quando a gente menos espera, o Maximiniano aparece e joga uma instante na Rebeca, fazendo a cabeça dela sangrar! Tento ajuda-la, mas Luiz me impede!
- Já era Aline. A Rebeca morreu! Vamos sair daqui, tentar salvar nossas vidas! - Luiz grita comigo.
Saímos correndo em uma estrada, até que vimos um caminhonete se aproximando e pedimos ajuda! Era um casal de velhinhos.
- Nos ajude-nos! Por favor! Mataram nossas amigas e não sabemos pra onde ir! - digo chorando.
- Tudo bem, entrem estamos indo para uma cidadezinha perto daqui! - diz a senhora.
 Depois de algumas horas, chegamos nesta cidade, não tínhamos para onde ir e resolvemos sair procurando um lugar para ficar. Até que, achamos uma pousada abandonada e adentramos. Tentamos dormir, mas escutamos um barulho e era ele novamente!
- O que você quer da gente?
- Eu dei a oportunidade pra vocês irem embora daqui, mas agora vocês iram pagar o preço e vai ser com vida! Vou matar os dois! - e joga fogo na pousada. Tentamos nos salvar, havia fogo em todo lugar. um pedaço de madeira em chamas quase cai em cima de mim, mas o Luiz tenta me salvar e acaba o atingindo, o fogo acaba o corroendo e não tem como como ajuda-lo e ele morre queimado!
 Saio correndo, desesperada e encontro uma delegacia, falo o que havia acontecido, eles entram em contato com o corpo de bombeiro e peço ajuda para voltar para casa. Quando amanhece, entro no primeiro ônibus com destino a minha casa e vou embora.
 Passaram -se dez anos e foi isso que aconteceu minha filha, aquelas férias nunca irão sair da minha memória.

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Escrito por Aline Ferreira e Eloise de Lima

terça-feira, 3 de abril de 2012

É noite! as sombras correm nebulosas.
Vão três pálidas virgens silenciosas
Através da procela irrequieta.
Vão três pálidas virgens… vão sombrias
Rindo colar n’um beijo as bocas frias…
- Na fronte cismadora do Poeta —.
- “Saúde, irmão, eu sou a Indiferença.
Sou eu quem te sepulta a idéia imensa,
Quem no teu nome a escuridão projeta…
Fui eu que te vesti do meu sudário…
Que vais fazer tão triste e solitário?…”
- “Eu lutarei!” — responde-lhe o Poeta.
- “Saúde, meu irmão! Eu sou a Fome.
Sou eu quem o teu negro pão consome…
O teu mísero pão, mísero atleta!
Hoje, amanhã, depois… depois (qu’importa?)
Virei sempre sentar-me à tua porta…”
- “Eu sofrerei!” — responde-lhe o Poeta.
- “Saúde, meu irmão! Eu sou a Morte.
Suspende em meio o hino augusto e forte.
Marquei-te a fronte, mísero profeta!
Volve ao nada! Não sentes neste enleio
Teu cântico gelar-se no meu seio?”
- “Eu cantarei no céu” — diz o Poeta!  



(Essa é de castro alves)





segunda-feira, 26 de março de 2012

A noite mais escura da Terra

Dia 13 de setembro de 1986, às 21:00hs da noite. Em uma sexta-feira 13; eu me lembro como se fosse hoje, pois meus pais tinham saído naquela noite para jantar e meu irmão Jack iria dormir na casa de um amigo. Corri para o telefone e liguei para a minha amiga:
- Alô?! Poderia falar com a Clarice? Aqui é amiga dela, a Julia!
- Eu já vou chamar ela! - disse sua mãe.
    Alguns minutos depois...
- Oi Julia?
- Oi Clari!? Vem pra minha casa, porque eu vou fazer a festa do pijama. Não esqueça de chamar a Stela, a Lucy e a Barbara!
 -  Ta bom!
Horas depois as meninas chegaram em minha casa...
E logo falo:
- Gente, vamos logo preparar a comida  e se vestir!
Liguei o som bem alto...
- Julia, desliga o som e coloca um filme de terror! - diz Barbara.
- Tá bom! Escolha ai o filme!
- Ah! Vou escolher o "Chamado"!
Durante o filme, toca o telefone:
- Alô?!?! - digo, porém  ninguém responde e desligo o telefone.
- Quem foi Julia? - pergunta Stela.
- Não sei, não falaram nada!
Continuamos a assistir o filme e o telefone toca novamente:
- Alô?!
- Alô!?
- Quem é que esta falando?!
- Haverá um grande apocalipse!
- Você ta ficando doido?! 
- Não. É sério! -  não acreditando desligo o telefone na cara dele.
Algumas horas depois, as meninas foram embora e subo para o quarto, para tentar dormir.
O telefone toca mais uma vez, atendo com medo:
- Alô?! É você de novo?!
- Você quem, filha?!
- Nada não, mãe!
- Tá tudo bem, Julia?!
- Esta mãe!
- Eu vou chegar tarde, não esqueça de regar as plantas e trancar bem as portas!
-OK!
 No dia seguinte, voltando da casa da minha tia, presencio minha mãe tremula, na sala de estar e corri para ajuda-la:
- O que esta acontecendo?
- Olha la fora! - vi todo mundo correndo pra la e pra cá!
E eu não sabia que ali era o começo da destruição do mundo, várias pessoas mortas, tudo destruído. Eu fiquei aterrorizada, vendo aquilo eu e minha família corremos para casa das minhas amigas desesperados.
As familias se uniram para tentar se salvar. De repente um raio de fogo me atinge, com muita dor caio no chão. As meninas correm para me salvar:
- Julia! Levanta, corre!!
- Não posso, fui atingida, estou com muita dor!
Todos ficaram desesperados. Meu pai andou muito para conseguir um hospital, mas infelizmente não achamos,estava um caus total!
   Alguns dias depois...
Mesmo muito fraca, consegui me manter viva. Não se sabe o aconteceu com as pessoas que estavam juntas. Só sei que aquele pesadelo tinha acabado, mas poucos sobreviveram e eu sou uma delas!






AUTORAS:Aline Ferreira, Eloise de Lima, Patricia Barbosa.